Um pouco sobre sistema circulatório e como funcionam os glóbulos vermelhos...
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O excesso de ferro é uma das consequências mais comuns em doentes com Anemia de Cooley. Transfusões de sangue regulares são um dos ...
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terça-feira, 7 de maio de 2013
Vídeo - Hemoglobina
Aqui temos uma explicação simples e perceptível de uma metaloproteína indispensável para o nosso organismo ...
https://pt.khanacademy.org/video?lang=pt&v=xqG6-Zyjo9U
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segunda-feira, 6 de maio de 2013
Um estudo estatístico
Estudo estatístico com pacientes da Grécia, 1972
Segundo Smith (1960), as crianças afectadas com esta doença não aparentam atrasos no crescimento até aos seus 8-10 anos, altura em que começam a mostrar sinais de retardamento.
Por outro lado, Johnston afirmava que os atrasos na altura e no peso começariam a manifestar-se mais cedo, pelos 4 anos de idade.
De facto, em homozigóticos para beta talassemia, há uma tendência estatística para os atrasos na altura e no peso, consequência de um desenvolvimento ósseo anormal. No entanto, esta tendência é um assunto controverso.
Atualmente, pensa-se que não existe relação entre o nível de hemoglobina e o atraso existente nos pacientes com anemia de cooley. Mas há um efeito positivo das transfusões atempadas no crescimento.
Metade dos pacientes começou o processo de transfusões durante o primeiro ano de vida e 90% até aos 3 anos de idade. Entende-se, por isso, que a idade média de diagnóstico dos pacientes seja 1,5 anos.
Acerca das transfusões, concluiu-se que estas tinham um intervalo médio de 20-90 dias e que o volume sanguíneo recebido variava entre 300-900ml.
Também se observou um aumento palpável até aos 6,5cm. Ao mesmo tempo, o baço aumentou em 80/86 casos.
Outras alterações importantes são as cefalofaciais, conduzindo a uma aparência semelhante aos portadores de síndrome de down, com maxilares proeminentes.
De acordo com este estudo, pode também ser notada uma certa descoloração da pele, embora esta afecte, geralmente, apenas algumas partes do corpo.
Por outro lado, em raios-x de alguns pacientes, foi detectada rarefação do tecido ósseo, podendo este ter uma aparência esponjosa ou, em casos mais graves, “hairy ends”. Esta avaliação depende do estreitamento cortical e da proeminência da parte reticular da zona esponjosa.
Segundo Smith (1960), as crianças afectadas com esta doença não aparentam atrasos no crescimento até aos seus 8-10 anos, altura em que começam a mostrar sinais de retardamento.
Por outro lado, Johnston afirmava que os atrasos na altura e no peso começariam a manifestar-se mais cedo, pelos 4 anos de idade.
De facto, em homozigóticos para beta talassemia, há uma tendência estatística para os atrasos na altura e no peso, consequência de um desenvolvimento ósseo anormal. No entanto, esta tendência é um assunto controverso.
Atualmente, pensa-se que não existe relação entre o nível de hemoglobina e o atraso existente nos pacientes com anemia de cooley. Mas há um efeito positivo das transfusões atempadas no crescimento.
Metade dos pacientes começou o processo de transfusões durante o primeiro ano de vida e 90% até aos 3 anos de idade. Entende-se, por isso, que a idade média de diagnóstico dos pacientes seja 1,5 anos.
Acerca das transfusões, concluiu-se que estas tinham um intervalo médio de 20-90 dias e que o volume sanguíneo recebido variava entre 300-900ml.
Também se observou um aumento palpável até aos 6,5cm. Ao mesmo tempo, o baço aumentou em 80/86 casos.
Outras alterações importantes são as cefalofaciais, conduzindo a uma aparência semelhante aos portadores de síndrome de down, com maxilares proeminentes.
De acordo com este estudo, pode também ser notada uma certa descoloração da pele, embora esta afecte, geralmente, apenas algumas partes do corpo.
Por outro lado, em raios-x de alguns pacientes, foi detectada rarefação do tecido ósseo, podendo este ter uma aparência esponjosa ou, em casos mais graves, “hairy ends”. Esta avaliação depende do estreitamento cortical e da proeminência da parte reticular da zona esponjosa.
Por fim, os pacientes, apesar de demonstrarem atrasos no
crescimento, não apresentavam um crescimento anormal da cabeça. Foi demonstrado
normal em crianças até aos 4 anos.
Existe apenas uma suave correlação entre os níveis de hemoglobina e os atrasos de crescimento.
A tendência geral aponta para um tecido ósseo mais esponjoso.
É importante salientar que não existe retardamento intelectual nos pacientes. As diferenças encontradas não são estatisticamente significativas e devem ser entendidas como resultado de um acesso mais dificultado a oportunidades de ensino, outras atividades, bem estar físico e psicológico.
Existe apenas uma suave correlação entre os níveis de hemoglobina e os atrasos de crescimento.
A tendência geral aponta para um tecido ósseo mais esponjoso.
É importante salientar que não existe retardamento intelectual nos pacientes. As diferenças encontradas não são estatisticamente significativas e devem ser entendidas como resultado de um acesso mais dificultado a oportunidades de ensino, outras atividades, bem estar físico e psicológico.
Danos causados na saúde
A anemia de cooley é uma doença que causa falhas cardíacas, imunodeficiências e falhas no sistema endócrino, problemas comportamentais, neurais, nervosos, atrasos no crescimento, doenças de fígado, disfunções nos gónadas e atrasos na puberdade.
Sem transfusões a morte é inevitável nas primeiras duas
décadas de vida, sendo que, entre 1979 e 1988, a mortalidade rondava os 11%
(entre os 2 meses e os 13 anos). A maior causa de morte era precisamente o
colapso cardíaco.
Em 1994 a deferoxamina foi identificada como medicamento eficaz para evitar complicações cardíacas por níveis excessivos de ferro.
Além disso a combinação de transfusões sanguíneas regulares com a terapia de quelação trouxe um aumento da esperança média de vida na ordem dos 30 anos.
Ainda assim, e também causadas pelas transfusões frequentes, podem ocorrer complicações, sendo que as causas mais prevalentes de entrada no hospital são:
- 21,8% aquando de uma esplenectomia
- 19,9% por infeções
- 19% falha cardíaca
- 13,4% diabetes mellitus Em 1994 a deferoxamina foi identificada como medicamento eficaz para evitar complicações cardíacas por níveis excessivos de ferro.
Além disso a combinação de transfusões sanguíneas regulares com a terapia de quelação trouxe um aumento da esperança média de vida na ordem dos 30 anos.
Ainda assim, e também causadas pelas transfusões frequentes, podem ocorrer complicações, sendo que as causas mais prevalentes de entrada no hospital são:
- 21,8% aquando de uma esplenectomia
- 19,9% por infeções
- 19% falha cardíaca
- 11,5% problema hepáticos
As infeções mais frequentes são urinária, a pneumonia, meningites, abcessos no fígado e estado de sepsis.
A média de idade dos pacientes que deram entrada com falhas cardíacas é de 14,1 anos e, na segunda década de vida 87,7% entraram no hospital já tendo diabetes mellitus. Para além disso algumas biopsias ao fígado, feitas no Nemazee Hospital, detetaram hepatites C e hepatites B. Dados dos níveis de cálcio apontaram para os 8,5mg/dl em todos os pacientes.
Sabe-se que diferentes problemas de saúde ocorrem em idades diferentes, mas que a principal causa de morte nos pacientes é a falha cardíaca, sendo que esta é transversal a todas as idades. Essa falha cardíaca pode estar associada a um estado grave de anemia ou aos elevados níveis de ferro depositados no miocárdio.
Relativamente à esplenectomia, operação de remoção total ou parcial do baço, esta contribui para o aumento do risco de infeções em 54% dos pacientes.
Dados geográficos
Geografia da Doença
A beta talassemia tem uma taxa de prevalência considerável,
na zona mediterrânica, em especial no Irão.
A cintura talassémica – thalassemia belt – corresponde a uma zona de cerca de 60 países com maior prevalência de anemia de cooley, incluindo partes do norte e oeste africano, medio oriente, india, sudeste asiático, etc.
O gene mutante encontrado em maior quantidade (cerca de 10% da população) em volta do mar cáspio e golfo pérsico.
Em certas zonas do Irão (central), o número de doentes ronda os 4-8%.
A cintura talassémica – thalassemia belt – corresponde a uma zona de cerca de 60 países com maior prevalência de anemia de cooley, incluindo partes do norte e oeste africano, medio oriente, india, sudeste asiático, etc.
O gene mutante encontrado em maior quantidade (cerca de 10% da população) em volta do mar cáspio e golfo pérsico.
Em certas zonas do Irão (central), o número de doentes ronda os 4-8%.
domingo, 5 de maio de 2013
Influenciando os genes - BCL11A
BCL11A
Durante a
gestação e até cerca dos seis meses de idade, o organismo produz apenas
hemoglobina fetal, que tem muita afinidade para o transporte de oxigénio. Nos
fetos, a obtenção de oxigénio a partir do sangue da mãe é conseguida
devido ao desenvolvimento desta
hemoglobina. No entanto, por volta desta
idade, a produção de hemoglobina fetal decresce abruptamente e passa a ser
produzida hemoglobina adulta. Duas das quatro cadeias da hemoglobina fetal e do
adulto (cadeias alfa - α) são idênticas, mas a hemoglobina no adulto tem duas
cadeias β (beta), enquanto que o feto tem duas cadeias gama (γ). Pessoas com
talassemia beta maior carecem totalmente de cadeias beta da hemoglobina adulta,
ou possuem-nas em reduzido número. Isto torna a hemoglonina adulta ineficiente
e provoca problemas de eritropoiese ineficaz, carência de oxigénio e alterações
físicas típicas dos portadores desta patologia: grande volume de baço e
deformações ósseas.
Uma solução
para este problema passaria por conseguir fazer com que se voltasse a produzir
hemoglobina fetal, para compensar a ineficiência da hemoglobina adulta. É aqui
que o gene BCL11A desempenha um papel fundamental. O gene BCL11A, presente no
cromossoma 2, codifica uma proteína de domínio dedo de zinco que bloqueia a
sínteses de cadeias de γ-globina. Funciona como repressor, ao ligar-se ao DNA e
bloquear a expressão de genes de γ-globina, do cromossoma 11. Ao silenciar esta
proteína, consegue-se fazer com que o gene correspondente ás cadeia de globina
gama volte a ser produzido. Desta forma, é possível a produção de heboglobina
fetal, que compensará as falhas da hemoglobina adulta.
No nono simpósio, é descrita uma experiência inovadora,
realizada pelo Dr. Orkin, do Howard Hughes Medical Institute, nos Estados
Unidos, com ratos talassémicos. Silenciou o gene BCL11A e os ratos apresentaram
grandes melhorias, como diminuição do baço, que era maior do que o normal.
Apesar de ser uma descoberta recente, se se conseguir utilizar este mecanismo
em pessoas que sofram desta patologia, pode-se conseguir reverter muitos dos
efeitos da talassemia β (diminuição do baço, alivio da fadiga e das dores
musculares) e um aumento da esperança de vida para estes pacientes.
"Acho que
demonstramos que uma única proteína nas células é um alvo que, se sofresse
interferências, proporcionaria hemoglobina fetal suficiente para fazer os
pacientes melhorarem. Há três décadas que se coloca a hipótese de que a hemoglobina
fetal poderia ser ativada, quando entendessemos o mecanismo de tansição da
hemoglobina, e esta é a primeira evidência de um alvo para fazer isso" Dr.
Stuart Orkin.
Ilustração 2- Genetics Home Reference
Gene BCL11A (Cromossoma 2, do par 60,678,301 até ao par
60,780,632)
Metabolismo do ferro
Hepcidina
e Ferroportina 1
A hepcidina é uma
hormona peptídica, composta por 25 aminoácidos, produzida no fígado e é a
principal reguladora do metabolismo do ferro.
Mantém a homeostasia do ferro ao
inibir a expressão da ferroportina 1 que é uma proteína transmembranar que
transporta o ferro a partir do interior de um célula para o seu exterior .
Desta forma, a hepcidina inibe o transporte do ferro e este fica retido dentro
das células. Quanto maior for a quantidade
de hepcidina, mais o ferro fica retido nas células, o que é um problema grave
para quem tem Anemia de Cooley, uma vez que já tem muito ferro acumulado nas
células devido às transfusões de sangue.
TMPRSS6
é uma protease de soro transmembranar expressa principalmente no fígado e é um
dos principais reguladores da síntese de Hepcidina. Bloqueando esta protease
poder-se-á conseguir impedir a formação de tanta hepcidina e evitar a retenção
de muito ferro nas células. Comprova-se que muitas anemias são devidadas a
mutações nesta protease, TMPRSS6, levando a uma produção exacerbada de
hepcidina que provoca uma retenção anormalmente elevada de ferro nas células.
Jak2
Jak2 é uma
proteína sinalizadora, codificada no cromossoma 9, que controla a produção de
células sanguíneas a partir das células estaminais. No nono simpósio foi
descrita um experiência realizada pelo laboratório Ribella, em que foi
administrado um inibidor de Jak2 em ratos talassémicos, com eritropoiese ineficaz.
Foi notória uma grande diminuição da eritritropoiese ineficiente e do grande
volume do baço (devido à redução da hematopoiese extramedular no baço e no
fígado). Conclui-se que esta proteína poderá abrir novas oportunidades de
tratamento para o futuro, para pessoas com anemia de Cooley, uma vez que têm
eritropoiese ineficaz: as falhas na beta-globina levam à formação de hemácias
ineficazes.
Medicamentos
Depois do post anterior sobre
agentes quelantes, era imperativo falar sobre os 3 medicamentos referidos: deferoxamina,
deferiprona e deferasirox irão ser abordados agora.
Deferoxamina (DFO):
•
Ratio
de ligação com ferro de 1:1
•
Administração:
lenta infusão subcutânea
•
Dose:
• Crianças:
20–40 mg por cada Kg de massa corporal do doente
• Adultos:
50–60 mg por cada Kg de massa corporal do doente
• 5 a
7 dias por semana
•
Benefícios:
• Mantém
a concentração de ferro no fígado
• Mantém
a função cardíaca
Deferiprona (DFP):
•
Ratio
de ligação com ferro de 3:1
•
Administração:
injecção
•
Dose:
• 75–99
mg/kg/24 horas
• Divisão
em 3 porções de 8 em 8 hora
•
Benefícios:
• Muito
eficaz na remoção de ferro do fígado
• Protecção
cardíaca
• Distribui
o excesso de ferro por outras células
• Melhora
a função mitocondrial no coração e nas glândulas endócrinas
Deferasirox
(DFX):
•
Ratio
de ligação com ferro de 2:1
•
Administração:
comprimidos
•
Dose:
• 10 - 40 mg/kg
• 1 comprimido por dia
•
Benefícios:
• Fácil
administração
• Muito
eficaz na remoção de ferro do coração
Todos
estes medicamentos têm prós e contras, naturalmente. No seguimento da
utilização destes, ao longo dos estudos realizados, certas complicações estão
associadas a cada um destes agentes quelantes.
Complicações com deferoxamina (DFO):
• Complicações
cardíacas;
• Reacções
cutâneas;
• Atrasos
de crescimento;
• Anormalidades
ósseas;
• Deficiência
auditiva;
• Distúrbios
visuais;
Complicações com deferiprona (DFP):
• Agranulocitose;
• Neutropenia;
• Distúrbios
gastrointestinais;
• Ganho
de peso;
• Actividade
enzimática aumentada;
Complicações com deferasirox (DFX):
• Não
houve melhoria na concentração cardíaca em pacientes que não tinham grande
quantidade de ferro inicial;
• Diminuição
de função renal;
• Distúrbios
gastrointestinais;
• Erupções
cutâneas;
• Reacções
anafilácticas;
• Citopenia;
• Deficiência
auditiva;
Com
o intuito de melhorar o tratamento, duas combinações foram testadas, obtendo
resultados promissores.
Deferasirox e Deferoxamina:
• Uso
principal em casos de excesso de ferro no fígado;
• Redução
dos níveis de ferritina;
• Sem
efeitos secundários;
• Dose:
• DFX
diariamente
• DFO
3 a 7 dias por semana
• Reduz
a [ferro] global;
Deferoxamina
e deferiprona:
• Reduz
eficazmente os níveis de ferritina;
• Reduz
significativamente a [ferro] cardíaca e hepática;
• Dose:
• DFP
diariamente
• DFO
entre 1 e 7 dias por semana (depende da [ferro])
• Acaba
com o risco de ataque cardíaco;
• Infusões
subcutâneas dificultam a administração em alguns pacientes;
Antes
de tais medicamentos aparecerem, problemas cardíacos derivados do excesso de
ferro eram a principal causa de morte em doentes com Anemia de Cooley. Com
estes novos agentes quelantes, a redução da mortalidade desta doença e uma
melhoria da qualidade de vida são duas das principais novidades para um futuro
com maior qualidade e melhores condições.
Com
as novas tecnologias e com o aumento de estudos, espera-se que novos
medicamentos mais eficazes apareçam no mercado, disponíveis para um maior
número de pessoas.
Hemocromatose
O ferro é um mineral que, como muitos outros minerais na natureza,
é essencial para o funcionamento do nosso organismo.
Como tudo o que em excesso faz mal, o ferro não é excepção. A
acumulação demasiada deste mineral provoca efeitos nefastos ao nosso corpo. A
sua concentração ideal e proveitosa anda à volta das 4g, dependo depois,
efectivamente, de pessoa para pessoa.
Hemocromatose é um estado patológico de acumulação intracelular de
ferro. É resultado da deposição de ferro no nosso organismo, nos nossos
tecidos, podendo ser primária ou hereditária e secundária ou adquirida.
Este excesso de ferro pode acontecer devido quer por demasiada
ingestão de alimentos ricos em ferro quer por tratamentos médicos, como, por
exemplo, as transfusões.
A hemocromatose pode provocar, entre outros:
· Vómitos;
· Diarreia;
· Artrite;
· Infertilidade;
· Diabetes;
· Hipotiroidismo;
Os sintomas associados à hemocromatose dependem, claramente, da
concentração de ferro no organismo. Com o passar do tempo, com o aumento da
acumulação, dor na região abdominal, fadiga ou fraqueza, podem começar a surgir.
Exames ao sangue são necessários para associar tais factores à manifestação da
doença. Níveis de ferritina são um bom medidor e funciona como um meio de
diagnóstico.
Profissionais de saúde aconselham a
diminuição do consumo de alimentos ricos em ferro e alimentos ricos em vitamina
C (aumenta a absorção do ferro no organismo).
Por outro lado, a
ingestão de cálcio é extremamente importante pois este diminui a absorção de
ferro no nosso corpo.
A hemocromatose é uma doença perigosa que, se
não for tratada, prejudica grandemente órgãos como o fígado e o coração,
podendo, em casos extremos, levar à morte.
Agentes quelantes
O
excesso de ferro é uma das consequências mais comuns em doentes com Anemia de
Cooley. Transfusões de sangue regulares são um dos tratamentos base para doentes
com talassemia beta maior.
A
grande quantidade de ferro nestes doentes provém das transfusões de sangue que
necessitam de fazer. Como tal, tratamentos foram desenvolvidos para contrariar
este excesso. É aí que entra a terapia quelante.
Terapia
quelante, de uma maneira prática e objectiva, funciona com a administração de agentes
quelantes para remover metais pesados do nosso organismo. E o que são agentes
quelantes? Tais agentes são substâncias que formam complexos através da ligação
com iões metálicos, nomeadamente o ferro. Entre outros, temos 3 conhecidos
agentes quelantes que são, até à data, os mais eficazes e utilizados:
deferiprona, deferoxamina e deferasirox.
Sabendo
que estes 3 medicamentos são usados para diminuir o excesso de ferro, deve-se
ter em conta que cada agente quelante tem uma certa especificidade para
determinadas situações dependendo do quadro clínico de cada doente.
Estes
agentes funcionam através da ligação ao ferro. Com isto, é do interesse que,
após a ligação, sejam excretados pela urina e pelas fezes. Como falado em cima,
os diferentes medicamentos têm diferentes ratios de ligação ao ferro,
diferenciando assim a taxa de remoção de cada um deles.
sábado, 4 de maio de 2013
Porque é que criámos este blog ?
Este espaço foi criado com o propósito de alertar e consciencializar para a realidade da Anemia de Cooley, sendo que a informação aqui presente resultou de uma extensa pesquisa bibliográfica, sendo um trabalho de revisão de literatura.
Como doença rara que é, o conhecimento geral da mesma é reduzido, pelo que se torna imperativa a divulgação de sinais/sintomas, mecanismos de agravamento da doença, estatísticas quanto à taxa de prevalência e incidência, estudos genéticos, novos tratamentos e métodos terapêuticos.
Neste sentido, este blog vai ao encontro de esclarecer as mais diversas dúvidas, ressalvando que os conteúdos são fidedignos, mas não devem substituir a opinião de um profissional de saúde.
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